Em 1948 o Povoado de Buquira era administrado pela cidade vizinha, São José dos Campos. O movimento separatista começou com a flagrante falta de zelo e desinteresse das autoridades de São José para com o Povoado de Buquira.
A emancipação foi motivada através da insatisfação dos moradores que necessitavam de melhorias no Distrito. Uma delas, era a falta de um telefone público na cidade, primordial para a solicitação de socorro médico nos casos de urgência. Na década de 40, a estrada que ligava os dois municípios era de terra, sendo muitas as dificuldades para o transporte dos doentes.
Eleito vereador com os votos do distrito de Buquira, Caetano Manzi Sobrinho empunhou na Câmara Municipal de São José dos Campos a bandeira da emancipação, e recebeu a solidariedade de muitos de seus colegas.
A Câmara Municipal de São José dos Campos não apresentava resistência à proposta de separação do Distrito. O Governador do Estado de São Paulo, Adhemar de Barros Filho, tinha interesse no surgimento de novos municípios visando o fortalecimento do seu partido para candidatura à Presidência da República.
Após muitos embates, na sessão de 3 de novembro de 1948, foi anunciada na Câmara Municipal, a aprovação, pela Assembleia Legislativa, do projeto de emancipação. O projeto se transformou em lei no dia 24 de dezembro daquele ano, desmembrando o distrito de Buquira de São José dos Campos, e dando-lhe o nome de Monteiro Lobato.
Durante todo o processo, no distrito foi formada a Comissão Pró-Emancipação Político-Administrativa de Buquira que reuniu 20 moradores ilustres do local, entre eles o vereador Caetano Manzi Sobrinho. Coube a Alberto Chacur sugerir o nome do escritor Monteiro Lobato para o novo município.